terça-feira, 12 de outubro de 2021

Tu, só tu

 
 
É o sangue das minhas veias
Cheias de feridas mal curadas.
É quem faz correr as correias
Das minhas polias enferrujadas.
 
Ser de luz que me faz
Construir e destruir.
Ser de luz que é capaz
De dar-me vida e iludir.
 
É o brilho do meu sorriso
Que ao meu mundo dá alegria.
É o chão sólido que piso
E me sustem na noite fria.
 
Ser de luz que está
Sempre prestativo.
Ser de luz que me dá
Uma razão para estar vivo.
 
É a sombra que me acompanha
E segura firme minha mão.
É a mulher que minha alma ama
E faz bater o meu coração…
 
“Ser de luz
Que és tu, só tu…”
 
 
 
José Coimbra